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Manuel Castells: 3 tópicos que você precisa entender

Manuel Castells não é apenas mais um teórico sobre a internet. Ele procura entender as relações sociais e as relações de poder dentro desse meio. Em um de seus trabalhos, defende que “o poder, na sociedade em rede, é o poder de comunicação”.

Manuel Castells e a sociedade em rede

Para Castells, toda rede é uma estrutura complexa: os vários nós existentes estão interconectados e interagindo de múltiplas formas, inclusive com outras redes. E estão sempre em mudança: se reconfigurando, aumentando ou diminuindo. Adaptam-se também a diversos contextos sem perder as características iniciais.

#1 – A economia em rede

A informação se tornou o bem mais valioso na sociedade em rede, o que Castells denomina “capitalismo informacional”. E por isso, vamos dar um pouco mais de atenção a esse tópico, visto que muitos mercados e profissões surgiram. E a figura do profissional de social media, em qualquer fase de sua carreira, está cada vez mais conectado com isso.

O mercado de infoprodutos e o surgimento de plataformas como a Hotmart estão aí para provar a existência do capitalismo informacional. Qualquer pedaço de informação pode ser comercializado e, dependendo do nicho, pode valer muito. As “novidades” estão surgindo a todo momento, informações são complementadas, alteradas…  E muitos usam, a todo momento, justamente esses dados e informações para tomarem inúmeras decisões, muitas delas com alcance global.

#2 – Overload de informações

E com isso, surge também o excesso de informações que chega por todos os lados, conhecido como “overload de informações”.

Empresas dos mais diversos ramos lutam por um espaço no nosso feed de notícias em determinada mídia social, por nosso clique no e-mail marketing anunciando alguma promoção irresistível que irá acabar em poucas horas ou por uma propaganda de viagem que aparece no canto de nossas telas após uma busca por passagens aéreas no Google. Isso são apenas dos alguns exemplos já presentes no nosso cotidiano.

Campanhas de e-mail, blog posts, posts em redes sociais existem para uma coisa: “vender” informação. E o “cliente” (no caso, o usuário) pagará com o seu bem mais precioso: a atenção, seja em forma de curtida, comentário, compartilhamento ou até mesmo pagando por determinado produto (virtual ou físico) ou serviço.

#3 – A cultura da virtualidade real

Castells denomina  de “cultura da virtualidade real” a ligação entre o real e o virtual. Já explicaremos de forma simplificada. Durante toda a história da humanidade, existiram representações no campo das ideias. Essa realidade pode ser considerada virtual, uma vez que não existe, ou seja, não se concretizou. Porém, com as mídias digitais, o mundo concreto passou a ser representado virtualmente.

As teorias de Castells e Pierre Lévy se complementam quando consideramos o que é o “virtual” numa sociedade em rede: não existe oposição entre virtual e real, são praticamente sinônimos. Ao invés de termos uma “realidade virtual” temos, segundo Castells, uma “virtualidade real”. Não precisamos que os filmes ficção científica se tornem realidade, precisamos apenas de uma das várias telas disponíveis ao nosso redor: o mundo “real” pode ser acessado de vários lugares.

Referências
Aqui simplificamos as teorias de Manuel Castells, mas isso não substitui a leitura de suas obras que utilizamos como base:

CASTELLS, M. O Poder da Comunicação. 1a ed. São Paulo: Paz e Terra, 2016.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. 8a ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2000.

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